03 dezembro, 2011


Medra
                    ( saudade de Raberuan )

o amarelo reluz e não te avisei.
não senti a corda na quebra,
Chuva cai, alma eleva

saiu sem pressa e te avistei
sorrindo na chuva morna
solando um doce refrão

canto é afazer de Anjo
ocupação de seres de asas,
emoção pura até em pedra

Pedra é ser sem pressa
que se amarela e reluz,
num jeitim di voar

inspirando flores e gentes
e outras crias 
no alto dos tempos

por meio dos  ventos
não senti a quebra da corda
quando você foi, tiando

devagar, sem pressa
sorrindo na chuva morna
cantiando seu refrão doce

(cg)

3 comentários:

  1. Li medra, tal qual no título.
    Mas depois continuei e, num solavanco do mouse indo pra cima, minha mente leu outra palavra.
    Homenagem poética linda (e adorei você me avisar que sempre é sábado), mas a partida dele foi uma merda.

    e pra nós que ficamos por aqui uma lembrança: precisamos nos ver mais, sonhar mais, trocar mais.
    e outra lembrança: somos vizinhos, de quarteirão, de alma, de amigos...
    Railda

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  2. Suavidade, assustadoramente bela...
    Meus Braços!
    Ivan Neris

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  3. maravilhosa...obrigada poeta

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