08 abril, 2011

.

vida



o vento entra pela janela nua
acaricia os corpos e sai frestas afora
denunciando as marcas dos beijos
festejando o húmus dos poros


mornando os lencóis
no meio da manhã


depois do raio. depois da chuva.
a próxima delícia

05 abril, 2011

cc

: o vento trouxe uma fina chuva que brilhava nas partículas sólidas de testemunhas da passagem do tempo pelas matérias . e os pardais-gêmeos ali bem debaixo da folha de bananeira olhando tudo, aguardando a entrada do sol. o daltônico permaneceu até depois do fim da feira, olhando o sol apagar-se no azul infinito.
cg, em
www.azultemporario.blogspot.com