sete.
Depois de depois. Tempo passou até que chegou o camburão de
carregar morta com suspeita de morte assassinada. Ainda assim ela era suspeita
também de ter roubado a camisete do time reserva quando tiraram do corpo dele para
fazer a manobra padrão operação clássica de bombeiro pulsando estapeando, bem no
coração do afogando.
Alguma vez é bem provável que a festança fosse apenas com os
de casa, chegados, de passar noite. Quando a luz faltou, todos sem mesmo fazer
força ou tomar providencia nenhuma pra energia chegar, ficaram ali olhos
esbugalhados com aquelas caras de peles sem água. Nenhuma também tomou o que se
fazia dono da casa, nem uma vela acesa candeeiro ou lamparina.
Quando apenas uma lanterna dessas... luzinha meia apagando a esperança da clareza
sai de dentro de uma caneta. Um chaveiro. Aquilo era lá bom pra quando você não
precisa de luz de verdade. Um brinquedo, quase vagalume para sempre aceso na
cabeça, uma coisinha menos que a cabeça d’um palito fiat lux. Era o suficiente
pros sete chegados girarem a roda: bunda de-prato-de-papelão-de-bolo-emborcado
e num ziiiss mister xis fazer a mágicacheiradafarinha no corredor mofado da
casa da Boca.
Antes de hoje, ela mesma chegava apenas pra conferir a bagaçada.
Os Besourinhos dela é que argumentavam tudo e desenvolviam a firma, conforme os
conformes bem do conhecimento de todos sem molecagem, se uma cabeça de traíra
ou piaba que fosse se enfeitasse de fugir um nada nadinha das conformidades já
acertadas nas variadas versões que valiam a mesma lei: “Escorregou, morreu!”.
Cada qual já sabia do seu cada qual, sua pose, brecha tinha não pra sair por aquialiacolá
botando banca modelando de patrão nem pensar. Besourinho piaba e traíra eram vendidos pros
graduados tirarem o sangue timo rim e vender pros China fazer churrasquinho
depois de treinar o alvo, depois de treinar a mosca, ou não.
Alguém dela nunca tinha sete vidas corpo fechado nem oração que
lavasse a bobeira. De caso pensado ou... Cabeção de traíra xisnovelínguasolta
virava é pirão de ratazana. Uma roda no pescoço e o já furado ia dar entrevista
pra netuno e depois de depois desmanchava que nem sabonete caído no chão do chuveiro
de ralo entupido quando fica ali se dixavando na geleia do Tietê.
Ninguém falou que feriado era aquele.
Depois de ontem chegaram uns caras que perguntaram aqui e
ali, em qual casa morava um velho que tomava umas e um gato que comia outras andava
com o primeiro dançando rua afora... um gato e um velho afogados na enchente.
Uns caras que nem tinham jeitão de tira e andam com uns cadernos desenhando
quase tudo que viam não retrato falado. Uns caras com jetim burguês de artista,
mesmo ou talvez. Com um jeito encardido de sem grana. Nem novos nem velhos. O
certo é que deu para manja, que eram uns chapas, né. E nos desenhos sempre tinha uns dois pardais
mais brilhantes.
Ninguém falou que feriado era aquele. Alguém quis dizer que
nunca tinha visto nem velho nem gato, logo voltou atrás, olhando os pardais
mais brilhantes. O papel aberto no balcão melado.
Outros apontavam a casa da Boca com um nariz mudo... olhando pro
céu, como quem procura uma confirmação: deve ser lá no fim da rua que é onde
acontecem essas furdunças.