17 agosto, 2012

onze.sete


sete.


Depois de depois. Tempo passou até que chegou o camburão de carregar morta com suspeita de morte assassinada. Ainda assim ela era suspeita também de ter roubado a camisete do time reserva quando tiraram do corpo dele para fazer a manobra padrão operação clássica de bombeiro pulsando estapeando, bem no coração do afogando.

Alguma vez é bem provável que a festança fosse apenas com os de casa, chegados, de passar noite. Quando a luz faltou, todos sem mesmo fazer força ou tomar providencia nenhuma pra energia chegar, ficaram ali olhos esbugalhados com aquelas caras de peles sem água. Nenhuma também tomou o que se fazia dono da casa, nem uma vela acesa candeeiro ou lamparina.

Quando apenas uma lanterna dessas...  luzinha meia apagando a esperança da clareza sai de dentro de uma caneta. Um chaveiro. Aquilo era lá bom pra quando você não precisa de luz de verdade. Um brinquedo, quase vagalume para sempre aceso na cabeça, uma coisinha menos que a cabeça d’um palito fiat lux. Era o suficiente pros sete chegados girarem a roda: bunda de-prato-de-papelão-de-bolo-emborcado e num ziiiss mister xis fazer a mágicacheiradafarinha no corredor mofado da casa da Boca.

Antes de hoje, ela mesma chegava apenas pra conferir a bagaçada. Os Besourinhos dela é que argumentavam tudo e desenvolviam a firma, conforme os conformes bem do conhecimento de todos sem molecagem, se uma cabeça de traíra ou piaba que fosse se enfeitasse de fugir um nada nadinha das conformidades já acertadas nas variadas versões que valiam a mesma lei: “Escorregou, morreu!”. Cada qual já sabia do seu cada qual, sua pose, brecha tinha não pra sair por aquialiacolá botando banca modelando de patrão nem pensar.  Besourinho piaba e traíra eram vendidos pros graduados tirarem o sangue timo rim e vender pros China fazer churrasquinho depois de treinar o alvo, depois de treinar a mosca, ou não.

Alguém dela nunca tinha sete vidas corpo fechado nem oração que lavasse a bobeira. De caso pensado ou... Cabeção de traíra xisnovelínguasolta virava é pirão de ratazana. Uma roda no pescoço e o já furado ia dar entrevista pra netuno e depois de depois desmanchava que nem sabonete caído no chão do chuveiro de ralo entupido quando fica ali se dixavando na geleia do Tietê.

Ninguém falou que feriado era aquele.

Depois de ontem chegaram uns caras que perguntaram aqui e ali, em qual casa morava um velho que tomava umas e um gato que comia outras andava com o primeiro dançando rua afora... um gato e um velho afogados na enchente. Uns caras que nem tinham jeitão de tira e andam com uns cadernos desenhando quase tudo que viam não retrato falado. Uns caras com jetim burguês de artista, mesmo ou talvez. Com um jeito encardido de sem grana. Nem novos nem velhos. O certo é que deu para manja, que eram uns chapas, né.  E nos desenhos sempre tinha uns dois pardais mais brilhantes.

Ninguém falou que feriado era aquele. Alguém quis dizer que nunca tinha visto nem velho nem gato, logo voltou atrás, olhando os pardais mais brilhantes. O papel aberto no balcão melado.

Outros apontavam a casa da Boca com um nariz mudo... olhando pro céu, como quem procura uma confirmação: deve ser lá no fim da rua que é onde acontecem essas furdunças.