o homem e o cuidado
sentei na poltrona minhas carnes
pesando uma manada inchada
cochilei tempo insuficiente
para cê acordar no meio da madruga
do leito brancohospital, seu centro de fuga,
em uma escrita redondrágeas
receitou dois concertos de Björk
antes e depois e antes do almoço
o homem e o sentido
abriu os olhos
perguntou: quais são as novas
ouviu: mais campanha para reabilitar o Martin
um a um fechou os olhos acordado
:com essas desarmonias
entre sódicos e potássicos
meus sais se desertificam
a autonomia ontológica do Ser que Sou
é transmutada...
o soro sintético é meu tesouro
e condição de liberdade...
numa espécie de hidratação das roupas do Sujeito